domingo, 10 de março de 2013

Nova York - 6º dia

6º dia - 26/02 (terça-feira)
Escrevendo esta data, não posso deixar de lembrar que era o dia do aniversário da nossa sister mais velha, Joice, a leitora #1 deste blog - desculpem aos demais, ela é a mais assídua comentadora e está sempre ansiosa por novas postagens.

E como o dia 26 de fevereiro de 1981 (entreguei a idade da mana), este 26 de fevereiro foi especial. Bom, pra mim e pra mana do meio foi, porque, respondendo à pergunta do final do último post, sim, conseguimos patinar! rss

Como já tínhamos feito a maior parte dos passeios centrais e acabamos deixando algumas coisas secundárias para trás, nos organizamos para tentar fazê-las nesse dia. Começamos indo ao Lincoln Center, no lado sudoeste do Central Park. Tínhamos passado ali por perto quando fomos ao Museu de História Natural, mas acabamos nos desencontrando do tal Lincoln Center e da Columbia University, ali perto.

O Lincoln Center é um complexo cultural, onde fica a famosa escola de artes Juilliard, e muito mais. Há espetáculos de dança, concertos, óperas, salas de cinema e teatro. Ficamos bem animadas em ir em uma ópera. Os preços são mais atrativos que os da Broadway, a partir de US$ 20. Se conseguíssemos, iríamos na sexta-feira. Não fazendo novo suspense... não conseguimos, fomos sexta-feira à Broadway, porque era nosso último dia e não conseguimos ir antes (confira no 9º dia).

Liconln Center

Lincoln Center

The Juilliard Scholl

Depois do Lincoln Center, fomos à The Cathedral Church of Saint John the Divine - fiz questão de colocar o nome completo - e, depois, à Columbia University. Essa, diferentemente da NY University (4º dia), faz mais o estilo campus, mas esperava que fosse mais grandiosa também (a biblioteca sim é imponente). Acho que eu combino com o jeito do Texas. O texano tem a fama de querer tudo grandioso (como comentou o guia do tour por Washington, no 8ª dia). E a Texas A&M, apesar de ficar, com todo o carinho, onde o diabo perdeu as botas, satisfaz meu desejo de grandiosidade. 


St John's Cathedral
  
St John's Cathedral


Columbia University

Columbia University
 
Columbia University

Passamos, por acaso, pela faculdade de Jornalismo, fundada por, nada mais nada menos, do que Joseph Pulitzer. Passamos nas bibliotecas, uma pareceu mais histórica e a outra para retirada de livros mesmo. Depois, passamos pelo bonito parque Morningside por acaso, que fica a uma quadra da universidade.

Morningside Park.

Dali íamos para o Museu Guggenheim. Tínhamos lido que o museu não é tão interessante, mas que por fora é bem bonito. Então, pegamos um ônibus para descer ali e ver o museu de fora. Só que, no meio do caminho, passando de ônibus pelo Central Park, avistamos a movimentada pista de patinação do parque. Sem pensarmos muito, descemos na parada seguinte. Era mais ou menos uma da tarde e não tínhamos almoçado, mas, seguimos para a pista mesmo assim.

Nos dias da semana (não todos, muda em alguns dias), a pista funciona das 10h30 às 15h30 e das 20h às 22h. Teríamos até as 15h30 para patinar, pelo custo de US$ 13. Bem melhor! Bom, se a pista do Rockefeller tem o charme de ficar na 5th Avenida, no meio da muvuca de NYC, a pista do Central Park tem o charme de ficar... no Central Park! Ah, e charme de custar US$ 20 a menos.


Patinando com a sister...

... no Central Park.

Patinar no gelo é mais difícil do que eu imaginava e mais do que parece nos nossos vídeos também. Mas eu acho que em geral as pessoas devem imaginar que é difícil, então, quem nunca patinou no gelo, não precisa pensar que é tão difícil assim, eu que estava meio convencida e caí dos patins rss. Como sabia patinar de roller (ganhei um no meu aniversário de 10 anos, daí com 11 nos mudamos e não levei o roller junto, uma separação muito difícil), achava que não teria dificuldade. Ha-ha. Escorrega demais. 

Confira os vídeos... O primeiro é do nosso primeiro contato com a pista. (Irmã, autoriza a publicação dos teus vídeos, né?).



O segundo, de um dos meus dois tombos (o segundo foi pior que esse, mas não foi registrado pelas câmeras). Reparem que eu vou amarrar o cinto do casaco, me desequilibro e caio.

 

Da minha irmã, escolhi um vídeo que ela não cai, mas se segura numa criança para não cair rsss. E no final, ela caiu, mas parei de gravar antes. 

 


E por último, um que ando direitinho.




Patinamos quase uma hora e meia, com uns 20 minutos de parada, enquanto a pista era "recuperada". Eu não entendi exatamente como o processo funciona, mas o resultado foi uma pista bem mais lisa, porque antes estava toda riscada das lâminas.

Resolvi acrescentar um vídeo do processo de recuperação da pista. Preste atenção na diferença da pista no início do vídeo e depois de a máquina passar. *A conversa no vídeo é minha irmã dando a ideia de jogarmos hóquei, como os caras da outra pista, mas na verdade a ideia é só tirar uma foto segurando o taco... 



Satisfeitas, felizes, e certas de que alguns hematomas apareceriam nos próximos dias, seguimos para almoçar. Depois, passamos na frente do Guggenheim e entramos para dar uma olhada na loja deles. Seguimos caminhando pelo bairro Upper East Side, sendo avisada pela minha irmã que é um bairro de classe alta. É, lembro que em "O diário de uma babá", a Scarlett Johansson trabalha para uma família rica do Upper East Side. E passamos por diversas babás levando crianças para a casa, pois era por volta de três e meia, hora que os estudantes saem da escola nos EUA.

Guggenheim Museum

Robert Kennedy School (?!), Upper East Side

No caminho para a ONU, passamos pelo Chrysler Biulding - que não sabíamos bem do que se tratava, mas tínhamos na nossa lista de lugares a ir. Na verdade, é um prédio bonito, muito alto, o mais alto do mundo por 11 meses, na década de 1930, quando foi ultrapassado pelo recém-construído Empire State. (É o prédio mais alto que aparece na foto da vista diurna do Empire, mais abaixo).

A próxima parada foi a ONU, na 1st Av. Só passamos pela frente, e no momento, pouco antes das cinco, os guardas estavam recolhendo as bandeiras dos países. Como chegamos pelo sul, começamos pelo final do alfabeto. Quando estávamos lá pelo Japão, caminhando em direção ao Brasil, notamos que eles estavam tirando as bandeiras, e aceleramos o passo. Tarde demais. Não vimos a bandeira da pátria brasileira... Existe um museu ou algo parecido, e talvez exista alguma visita guiada. Fiquei com vontade de entrar na ONU - imagina trabalhar numa cobertura jornalística por lá -, mas estávamos com muita pressa e só vimos do lado de fora mesmo. 


ONU

ONU

Recadinho da ONU que os americanos, apesar de abrigarem a sede, não entendem.

Não podíamos demorar, porque ainda precisávamos subir no Observatório do Empire State Building com luz do dia, e então ficar lá até escurecer. Essa é uma discussão em quase todo o blog que fala sobre Nova York: ir ao topo do Empire ou do Rockefeller. Os que defendem o Top of the Rock argumentam que de lá a vista é melhor para o Central Park e é possível ver o próprio Empire State. Verdade. Para quem prefere o Observatório do Empire State, como nós, prevalece a tradição do Empire, representado em tantos filmes, além do fato de ser mais alto e ter vista melhor para o novo World Trade Center e para a Estátua da Liberdade. 

Então, depende do que se quer, acho que os dois são ótimas opções, e, importante, custam mais ou menos a mesma coisa, US$ 25. Esse valor é para ir no observatório principal, no 86º andar do Empire. Para ir ao Top Deck do Empire, no 102º andar, custa US$ 42. Achei a vista do 86º ótima, não senti falta de estar 15 andares para cima. O que o Top Deck pode ter de vantagem é ter menos gente e, pelo que vi em foto, ter menos grades atrapalhando a visão (as fotos, na verdade).

Mais uma vez, sem filas (o ingresso compramos pela internet, mas é comum ter filas bem grandes para passar pela segurança e para entrar nos elevadores). Mas tivemos que caminhar bastante dentro do prédio até chegar lá em cima, passar por segurança, mostrar ingresso algumas vezes, essas coisas que não deixaria de haver numa cidade que passou pelo que passou.

Empire State Biulding

Empire State Building

Conseguimos chegar no observatório ainda com luz do dia. Vimos a paisagem, reconhecemos vários lugares, tiramos fotos e entramos. Estava muito frio e muito ventoso lá em cima. Há uma parte fechada, cercada de vidro, de onde até dá pra ver a cidade, mas não tão bem, mas que é quentinha. Esperamos escurecer e então refizemos o circuito, morrendo de frio. Acho que vale a pena ver a cidade de dia e de noite, cada uma com sua beleza. Então esse horário, mais ou menos às cinco, é uma boa pedida. Além disso, é bom já ter passeado pela cidade para saber o que ver lá de cima e reconhecer os lugares por onde se passou.


Vista (nordeste) do Empire State.

No Empire State.

Avistando New York City (faz-de-conta). O prédio mais alto é o novo WTC.

No Empire State.

Lá no fundinho, Estátua da Liberdade.

NYC à noite.

NYC à noite.

Encarangando de frio no Empire State.

Para encerrar bem a noite, jantamos num restaurante do lado do Empire. Comemos quesadilla (mas não era restaurante mexicano) e tomamos um shandy (cerveja com Sprite - superou as expectativas). 

Um dia ótimo que chegou ao fim.

Amanhã, dia de compras!

9 comentários:

  1. Obrigada pela consideração, Lili!!! Muito pensei nas minhas manas passeando por NYC no meu níver. Fica para a próxima!
    E também valeu a ligação por viber e a conversa por skype! hehehe
    É ótimo a Maúcha segurando a risada de ti para não ficar muito mal no vídeo! E não consegui "detectar" a Maúcha se segurando em crianças. Tu não ficou observando o que eles fazem? Esse fds a gente viu uma pista de patinação em B. Camboriú. Ela estava mega riscada, e ficamos nos perguntando se era tranquilo andar na pista daquele jeito, e como eles "consertariam" a pista.
    Também adorei as carinhas de frio na foto do Empire! hehehe

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    1. A Lili poderia postar pra ti o vídeo que mostra o "conserto" da pista pra entenderes melhor.

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    2. Eu assisti os dois vídeos, e não ajudam muito para entender, mas vou colocar...
      Joca, na verdade, acho que ela não se segura numa criança, porque é maior que ela (não que não haja criança maior que ela), mas se segura em alguém depois de dar uma desequilibrada.

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    3. hummm. A máquina deve lixar o gelo! Simple like that!

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    4. Mas a máquina larga mais gelo, e daí na mesma hora acho que já vai lixando ou algo parecido.

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  2. Muito bom! E teu tombo vou ter que mostrar na reunião do Geisc semana que vem! auhauhauhauhaua. Fiquei babando com as fotos! Pior que, pelos vídeos, o negócio é rápido mesmo... Pô, a Columbia é mto fu mesmo, certamente um dos primeiros lugares que vou querer conhecer.
    Fiquei esses dias sem ler/comentar pois estava em Poa e quando estou lá fico meio off. Abraço!

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    1. Pode me sacanear e mostrar meu tombo, não tem problema rss. Manda abraços meus pro pessoal do GEISC.
      Abs!

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  3. Ótimos registros, textos e observações.
    É como uma personagem desembarcando nessa "cidade maravilhosa", construindo seu próprio roteiro, trazendo os melhores atores (ninguém melhor do que nossos amigos e família), improvisando todas as falas, aceitando todas as falhas (acredito que numa direção e co-direção própria, onde se é ator, diretor e produtor, falhas não devam existir), e ainda registrando a melhor fotografia, efeitos visuais naturais e reais, nada de computadorização, e ainda, depois de toda a "filmagem", concorrer a todas as categorias do Oscar, e ganhar. Acho uma aventura válida e emocionante, transformadora e única. A Arte do Efêmero.

    "O mundo inteiro é um palco
    E todos os homens e mulheres não passam de meros atores
    Eles entram e saem de cena
    E cada um no seu tempo representa diversos papéis." (SHAKESPEARE, William)

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    1. Bom, no meu caso, tá mais pra novela (que combina mais com os Sifuentes também), onde certamente somos produtoras executivas, roteiristas, diretoras e atrizes rss (como a história é contada da minha perspectiva, eu sou a principal, e a irmã, a coadjuvante...). Se não concorre a Oscar, quem sabe um Grammy?
      Valeu, primo. Adorei o comentário!

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