quarta-feira, 20 de março de 2013

Dois meses!

Queridos leitores, hoje o blog completa dois meses! E este é  20º post - graças, em grande parte, às postagens sobre a viagem a Nova York, que respondem pela metade do conteúdo.

Minha chegada a CS, Texas, é cinco dias mais velha que o blog. Até queria ter feito o blog ainda antes de viajar, mas os últimos dias são sempre de muitos afazeres, assim como os primeiros por aqui.

Nos primeiros posts, achei importante dizer o que vim fazer aqui e onde estou. Mas enquanto escrevia sobre isso, deixava de falar dos desafios dos primeiros dias. Não foram poucos, como se pode imaginar.

Das angústias e alegrias da chegada
A primeira semana, especialmente, é cheia de angústias e ansiedades, assim como de expectativas e alegrias, tudo ao mesmo tempo. Como já tinha vindo aos EUA, o fato de chegar ao país, por si só, não foi tão emocionante. Em Miami, cidade de entrada nos EUA, tive a angústia de não achar minha mala - não falei por aqui, mas minha mala ficou dois dias extraviada, mas veio pra casa sã e salva e recebi reembolso de US$ 200 da agência do seguro-saúde para compra de artigos básicos. Mas nunca pensei que minha mala não fosse aparecer ou que fosse demorar, e fiquei muito agradecida pela minha irmã (a mais velha) ter me dito para levar uma mala menor comigo, para o caso de extraviarem minha mala, como tinha acontecido com ela quando foi morar um ano na França.

Quando cheguei em Houston, com vários artigos do imaginário texano nas lojas do aeroporto, senti que estava no Texas, e foi muito bom. Depois, chegar no quarto do hotel em College foi um grande alívio, pois tinha dado tudo certo. Conhecer o meu apê também foi muito legal, amor à primeira vista. A mesma coisa com a universidade. E quando encontrei meu orientador? Parecia que agora sim, tava tudo certo, afinal, tinha alguém em quem confiar, e que falava português, ainda com um pouquinho de sotaque do ABC paulista. Quando minha mala chegou em casa, quando recebi meu notebook novo, quando passei a ter um número de telefone... quantas pequenas grandes alegrias.

Colocando a casa em ordem
Os trâmites para acertar a moradia até não foram tantos, e as coisas funcionaram muito bem. Encontrei lugar para morar pela internet e troquei muitos e-mails com o condomínio (o aluguel é feito direto com os condomínios, geralmente) antes de "fechar negócio". Como os lugares aqui estão acostumados a alugar para estudantes, só tive que preencher dois formulários, sendo um deles por ser estrangeira. Isso tudo ainda do Brasil.



*Se você estiver vindo pra College Station, são vários os sites onde é possível buscar um lugar para morar, seja sozinho, seja para dividir:
https://aggiesearch.tamu.edu/
http://tamu.uloop.com/housing/
http://www.apartmentfinder.com/Off-Campus-Housing/Texas/Apartments-Near-Texas-Aandm-University
http://www.aggielandapartmentfinders.com/
http://housingaggieland.com/

Ainda do Brasil, liguei para a prestadora do serviço de eletricidade para agendar o dia de ligarem a luz. Entendi que a taxa para isso era de US$ 100, mas agora sei que é um caução, reembolsável. A taxa mesmo foi US$ 15. A internet e a TV a cabo são por conta do condomínio, o que tive que fazer foi conseguir um cabo para a internet (que me emprestaram no departamento, um bem grande, já que preciso ficar conectada a ele) e outro para a TV (que comprei no mercado).

Meu apê vem com a cozinha equipada, tem um closet, e quarto-sala que precisava mobiliar. Como só vou ficar seis meses (agora menos de quatro...), não valia a pena investir em muita coisa, então só tenho o básico. Encontrar e trazer as coisas para o apê deu um certo trabalho. Se eu tivesse carro, de preferência uma caminhonete, teria sido fácil. O meu orientador me ajudou, me levando pra comprar colchão, edredom e travesseiro, para poder dormir a primeira noite em casa, e também me emprestando uma mesa e vários utensílios de cozinha. Taí uma coisa que eu nunca tinha feito: montar uma casa (quando fui morar com a minha irmã, ela já tinha o apê montado; mesma coisa com o Charles). Por último, consegui um número de telefone e abri conta no banco, já que recebo a bolsa da Capes na minha conta aqui.

Morando sozinha
Morar sozinha aqui foi uma escolha minha, da qual me arrependi nos primeiros três dias, já que tinha que arranjar onde dormir, onde sentar, como esquentar uma água. Hoje, não me arrependo, embora veja vantagens em morar com mais pessoas, assim como sozinha. Morar com outras pessoas é sempre uma incógnita, pode ser ótimo - como é em Chapecó, onde morava três dias por semana e fiz uma grande amizade (bjo, Keli, e Mi!) - ou pode ser uma tremenda incomodação - como foi... rsss, nunca passei por isso, porque antes da experiência em Chapecó só tinha morado com pessoas um tanto quanto próximas (família toda; depois irmã; depois marido). Não queria correr o risco de me estressar com desconhecidos, ainda mais em outro país. Mas até hoje tenho um certo medo de dormir sozinha...

Então, essa é a primeira vez que moro sozinha. Bom, em alguns momentos, ruim, em outros, pelos motivos universais. Também é a primeira vez que tenho que pagar as contas da casa! Não no sentido de fazer entrar dinheiro, o que não é novidade, no sentido de fazer os pagamentos mesmo. Felizmente, são só duas contas: numa, do condomínio, aluguel, internet, TV a cabo, água (e não há propriamente um valor de condomínio, nada mal); na outra, luz.

Quando a gente se dá conta que tá tudo em ordem, dá um alívio! Mas já penso em como serão as coisas para ir embora, mas com certeza será muito mais simples.

Então tá, por este post está suficiente. Falo sobre saudade e outras angústias em um próximo.

=)

5 comentários:

  1. De nada, minha pequena! heheheh
    Sabe que eu nunca tive medo de dormir por estar sozinha! Estranhei, e muito, o fato de estar sozinha, o que muitas vezes nem era verdade, pois eu passava o dia inteirinho conectada (quando não estava no trabalho ou viajando...). Os momentos que eu ficava sozinha eram as manhãs do final de semana, esperando a primeira pessoa conectar a internet! Normalmente a dona T!! Uma coisa que eu pensava muito era como o pessoa fazia doutorado ou pós-doc fora nos tempos em que não havia interenet!
    Nunca assisti tanto seriado na minha vida! E olha que desde que temos TV a cabo assisto muito! Eu passava horas baixando os episódios, assistindo, chorando... Mas tudo bem! Faz parte!
    Mas por que tu tem que pagar as contas? Não tem débito automático por aí? hehhehe
    E acho que desconheço o sotaque do ABC Paulista... explique, por favor!

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    1. Ah, não te respondi... O sotaque do ABC paulista, na minha ótica, e um sotaque parecido com o do interiorrrr de SP, sabe, com o "r" puxado, mas não tanto. Não nota um sotaque no Lula? É esse.
      Eu não sei se tem débito automático, não fui atrás, mas também não aparece como opção...
      Eu fico bastante sozinha, porque fico pouco na universidade, e mesmo quando estou lá, se não estou em aula, fico geralmente sozinha no office. E o pessoal anda muito ocupado pra ficar online comigo, só no findi, e olhe lá. Meu marido mestrando então, às vezes só manda "boa noite" no viber.
      Um mês atrás tava melancólica, emotiva, saudosista, sei lá, mas essas últimas três semanas foram bem boas, em parte porque tô bem mais entrosada e acho que também porque sabia que o Charles logo chegaria. E log chega: amanhã. Uma hora vou fazer um post sobre as coisas que sinto falta/saudade (tenho visto que volta e meio "prometo" futuros posts, e cumpro...).

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  2. Oi Lírian, como é bom saber que está tudo bem por aí contigo!
    Tirei um tempinho agora pra colocar a leitura em dia e, depois do teu relato, já quero ir pra New York.
    Te cuida aí guria!
    Bjaum

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    1. Então vamos fazer intercâmbios de viagem, porque vi teu post do nordeste e curti muito. Eu já fui pra Natal e Fortaleza, mas como em ambas às vezes fui pro Intercom, e por poucos dias, não aproveitei muito.

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  3. Bah, teu orientador é muito gente fina! Se eu tiver 10% da tua sorte já me dou por satisfeito! eheheheh. abraço!

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