domingo, 28 de julho de 2013

San Antonio: um pouquinho do México nos EUA

Pois a primeira história de San Antonio envolve a saída para a cidade, que não aconteceu como planejado. Como sempre, chegamos com antecedência na rodoviária. Na verdade, nas três cidades americanas, não eram exatamente rodoviárias, mas a estação da Greyhound, a empresa pela qual viajamos nos EUA, e na qual conseguimos bons preços, com um bom serviço. De Austin para San Antonio custou só US$1 para cada! De Dallas para Austin tinha saído uns US$15 para os dois. Geralmente, as passagens mais baratas são disponibilizadas um mês antes da viagem, com as duas primeiras sendo vendidas a US$ 1, e vai dobrando o valor. Além da Greyhound, como já comentei, também se consegue esses preços baratinhos com a Megabus, mas eles têm menos linhas.

Nosso ônibus sairia às 11h e levaia 1h30 a San Antonio. Só que... a colocação de dois cadeirantes no ônibus tirou muitos lugares, uns oito. O ônibus possuía um sistema até moderno de acessibilidade, mas os lugares destinados a cadeirantes ficavam bem no meio do ônibus, e era preciso empurrar muitas poltronas, perdendo o espaço de outros passageiros. Não havia lugares marcados e até já estávamos sentados, mas nós e outros que embarcaram em Austin (o ônibus vinha de Dallas) com destino a San Antonio, a cidade mais próxima, foram tirados do ônibus para pegar o próximo, 2h30 depois. 

Não ficamos muito satisfeitos, mas deixamos nossa bagagem em uma sala da empresa e saímos para almoçar. Quando voltamos, meia hora antes da partida, fomos avisados de que o próximo ônibus também estava cheio, e que a Greyhound nos mandaria de táxi para San Antonio. Então tá. O trajeto levou a mesma 1h30, e foi engraçado. Além de um casal de brasileiros, havia uma mulher e um homem americanos, e um motorista sírio. O cara americano era muito engraçado, até me lembrou agora aquele cara que ajudou as meninas a saírem do cativeiro em Cleveland (esse aqui). O motorista dizia que era primo da Paula Abdul, cantora que foi jurada muitos anos do American Idol - e daí até fiquei pensando que lembrava de ela ter uma relação com o Brasil, e agora fui pesquisar e o pai dela é nascido na Síria e cresceu no Brasil, ela nasceu nos EUA e se considera um pouco brasileira. Bom, acho que dá para imaginar a viagem que foi a nossa viagem. Até acho que compensou.

San Antonio - 3 e 4 de julho (quarta e quinta-feira)

San Antonio tem uma população de cerca de 1.3 milhão, sendo a segunda maior cidade do Texas, atrás apenas de Houston, e com cerca de 500 mil a mais que a capital Austin. Foi fundada em 1718 pelos espanhóis. Entre os destaques da cidade, o time de basquete San Antonio Spurs (do brasileiro Tiago Splitter), finalista este ano e quatro vezes campeão da NBA.

Iniciando os passeios, fomos conhecer o Forte/Museu Alamo. Primeiro, o local era uma igreja, construída pelos espanhóis no século XVIII, quando o Texas era do México, e o México ainda não era independente da Espanha. Em 1836, aconteceu no local a batalha que tornou o Texas independente, por isso a importância do lugar.

Alamo
Alamo
Alamo

Passamos pela La Villita, que é uma área de umas quatro quadras que preserva construções do século XIX, e onde hoje funcionam galerias de arte, lojas, especialmente de souvenirs, e restaurantes.
La Villita
A cidade estava recebendo uma convenção de jovens luteranos nos dias da nossa visita, e por todos os lugares haviam muitos deles com suas mochilas azuis. Quando estávamos no Hemisfair Park, eles passavam por nós em grandes grupos, que não acabavam nunca. Como não sabíamos do que se tratava, não resistimos à curiosidade e perguntamos. E agora completei a resposta recebida com uma pesquisinha básica. Pois S.A. recebeu esse evento luterano que acontece a cada três anos, e que reuniu 25 mil jovens de 49 estados americanos e mais 13 países. Ficamos com medo de que eles estivessem indo para a Torre das Américas como nós, e, assim, não pudéssemos subir, porque estaria lotada. Mas eles estavam indo para o Estádio Alamodome, ali perto, para o evento.

Hemisfair Park
Hemisfair Park

No Hemisfair Park fica a Torre das Américas, construída em comemoração aos 250 anos da cidade, em 1968. Até 1996, foi a torre de observação mais alta dos Estados Unidos, com 229m, sendo ultrapassada por uma construída em Las Vegas. Acompanhamos o pôr-do-sol e o início da noite de lá. A entrada custa US$ 10,95, mas com cupom, que geralmente se consegue na recepção do hotel, é possível economizar US$ 2 por entrada (ah, os cupons americanos...).

Torre das Américas
Restaurante da Torre
Torre das Américas
 
Torre das Amérricas
Já tínhamos dado uma espiada na River Walk de tarde e voltamos à noite para jantar. A River Walk é parte de um projeto para conter as inundações em San Antonio, que em 1921 matou 50 pessoas. Essa calçada à beira do rio se estende por várias quadras abaixo do nível da rua e conta com muitos restaurantes, lojas e outras atrações. 

River Walk
O rio San Antonio e seus barquinhos
River Walk
River Walk Theatre
Descobri agora que o primeiro restaurante a abrir na River Walk foi o Casa Rio, em 1946. E onde jantamos? Lá! Assim como muitos outros na cidade, a especialidade é comida mexicana. Estávamos começando a conhecer mais de perto a culinária do país vizinho. Os pratos que pedimos estavam apimentadinhos, mas suportável. 

River Walk
Aquecendo para o México.

O dia seguinte era nada mais nada menos do que 4 de julho, dia da Independência dos EUA! Curtimos o feriado num ritmo light. Fomos ao Market Square, que é uma área cheia de lojas, com artesanato e muitos souvenirs. Lá, o clima era muito mexicano, apesar da comemoração ser americana.

De noite, mais ou menos às 21h30, foi a hora dos fogos para celebrar a Independência.

4 de julho
4 de julho

Outras coisas para conhecer em San Antonio
Outras atrações que San Antonio oferece, mas que não conhecemos, é a Sea World (que tem também em Orlando e San Diego); o parque de diversões Six Flags Fiesta (da mesma rede que tinha em Dallas e que tem em muitas outras cidades); as cavernas Natural Bridge; e as Missões, como a de San José. Sea World e o parque de diversões consomem praticamente um dia inteiro cada. Quem quiser ir a esses lugares, vale a pena considerar mais dias na cidade. Outro fator que influencia é o transporte, porque todas essas atrações que citei são distantes do centro, e as cavernas, por exemplo, só tem como ir de carro, pois é fora da cidade. 

Amanhã: México!


3 comentários:

  1. Que honra, sou o primeiro a comentar esse texto! Com tantas fotos e histórias, não tem como não ficar louco pra botar logo o pé na estrada! ehehehehehe. abração!

    ResponderExcluir
  2. Mas tu tava cedinho na internet, hein! Eduardo? hehehe

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Os horários do blog são loucos. Vou ver se ajeito. Essa Joca...

      Excluir